
De todos, Scorsese foi o que mais explorou um cenário urbano sujo, despojado e decadente; caracterizado por uma fotografia escura e claustrofóbica, fruto de sua infância entre gangues e policiais no bairro do Queens em Nova York.
o adjetivo que mais se enquadra no cinema realizado por Scorsese é "Artífice da Violência". Em seus filmes o diretor não faz uma apologia a violência, mas uma análise sobre a violência na natureza humana.
Caminhos Perigosos, que inaugurou sua parceria com atores como Robert de Niro e Harvey Keitel, é um bom reflexo deste estilo. Já em Táxi Driver ele cria uma realidade insana e alucinógena, onde as noções de certo e errado misturam-se. Talvez pela paranóia do ex-combatente do Vietnam Travis Bickle.
Em sua busca pelo experimentalismo chegou ao polêmico A Última
Tentação de Cristo, feito a partir do livro do grego Nikos Kazantizaquis. Rotulado pelos católicos de obra indecorosa e execrável, o filme é um ensaio filosófico sobre a figura de Jesus Cristo enquanto homem. O que poucas pessoas sabem é que para realizar A Última Tentação de Cristo, Martin Scorsese assinou um contrato com a Universal em que ele comprometia-se a fazer outro longa, só que com apelo mais comercial. Deste acordo saiu O Cabo do Medo, suspense estrelado, como de costume, por Robert de Niro. Quem dera todos os filmes comerciais fossem assim.


Vale lembrar que Martin Scorsese também dirigiu documentários. Para quem se interessar por este outro lado do diretor uma boa pedida é No Direction Home, uma viagem pela alma do rock n’ roll por meio da vida e obra do músico Bob Dylan.

Sobrancelhas arqueadas, sorriso inconfundível e aquele irretocável talento. Jack é como vinho de casta nova, quanto mais velho melhor. Dessa genial união sai o gangster Frank Costello. Imprevisível e desequilibrado o chefe da máfia em South Boston é um psicopata violento que mesmo em silêncio torna-se intimidador.

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