Friday, June 16, 2006

Carta a Carlos Alberto Parreira


Prezado Senhor Técnico da Seleção Brasileira de Futebol,

Não sei o quanto você sabe sobre a expectativa do povo brasileiro com a Copa do Mundo. Permita-me descrever algumas imagens que podem demonstrar o tamanho da paixão que o brasileiro sente pela sua seleção:

Às vésperas do jogo de estréia contra a Croácia, sempre que eu me dirigia ao trabalho ficava impressionado com a enorme quantidade de enfeites pelas ruas. Nos carros as pessoas exibiam com orgulho a bandeira brasileira e até mesmo nas moradias mais humildes era possível visualizar o nosso verde e amarelo, isso em casas e locais onde as pessoas não têm motivo algum para expressar seu patriotismo. Depois do jogo e daquela atuação medíocre confesso que senti um desânimo geral, não é para menos! Sei que é complicado lidar com favoritismo e faço idéia o quanto deve ser difícil trabalhar com estrelas, mas me vejo na obrigação de deixar um recado para que você passe a seus comandados: Quando entrarem em campo, em qualquer jogo, lembrem-se daqueles jogadores que vieram antes de vocês e que são a base de sustentação do sucesso de nosso futebol. Eles ganhavam muito menos e jogavam muito mais!

Tuesday, June 06, 2006

Em Cartaz - maio 2006

Em maio consegui assistir a dois blockbusters que estão em cartaz, o primeiro foi X-Men: O Confronto Final.

Seqüência da franquia iniciada por Brian Singer em 2000, o filme está agora nas mãos do diretor Brett Ratner que, contradizendo as expectativas, fez um ótimo trabalho. A primeira qualidade do longa de Ratner é que ele não ignorou as seqüências anteriores, pensando em dar um toque pessoal ao filme. Seu X-men é realmente uma seqüência. Outro ponto alto é a profundidade da história, o enredo é mais dramático, o que delineia ainda mais as características de cada personagem, já o sub-enredo permanece o mesmo, X-Men continua sinônimo de crítica ao racismo e a xenofobia.

P.S: Vale a pena esperar o término dos créditos finais!!!

Já O Código Da Vinci deixou a desejar. A adaptação que o diretor Ron Howard fez do Best Seller de Dan Brown não faz jus nem ao que o livro traz de melhor: o suspense. Ron Howard parece sempre estar correndo com a história para que nada fique de fora. As intervenções que o roteiro realiza são sofríveis, salvo aquela que transforma os dois criptex em um só. Se o livro já era repleto de informações infundadas e sem comprovação histórica o filme chega como uma grande sacada comercial. Visto o mundo de publicações e documentários que surgiram após a publicação de O Código Da Vinci, não é surpresa alguma Hollywood querer sua fatia do bolo.