Thursday, December 22, 2011

QUE VENHA 2012!


Esta semana duas das mais esperadas produções cinemtográficas para o próximo ano ganharam novos trailers. "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" e "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada". Pequenas mostras da excelência de dois filmes que podem fazer de 2012 um anos inesquecível. Confira abaixo os dois trailers:

Wednesday, December 21, 2011

Expectativas para 2012!


Um dos filmes de 2012 mais aguardados pelos membros deste blog!!!

Sunday, December 11, 2011

Arte é um ato de fé!


O artista é o sujeito que empresta, por algumas horas, seu corpo e alma aos outros. É através deles que o público pode se afastar do seu próprio cotidiano e contemplar e refletir sobre o viver. Ou seja, é pelos processos de identificação e projeção que usufruímos de qualquer experiência artística. No cinema isto se torna mais potente devido a sua linguagem (cunhada pela cultura ocidental) e seu aparelho visual.  Entramos de maneira mais profunda na história e na vida dos personagens na sétima arte. Os bons filmes são aqueles que nos fazem sentir e viver suas histórias.

Mas ser veiculo para outras vidas pode ser uma tarefa esvaziante e angustiante. O artista pode se perder nas identidades que vive perdendo assim essência de si. Para o artesão das artes questionar a identidade é questionar o próprio trabalho, o artista em estado puro é o seu trabalho e suas múltiplas facetas. (Deixemos claro, que a identificação indenitária com o próprio trabalho não é exclusividade de quem trabalha com arte. Afinal, todos conhecemos pessoas que são o seu trabalho. Vivem por ele e constroem sua identidade com eles.)

É esta relação do artista com seu trabalho e sua identidade que Selton Mello aborda em “O Palhaço”. A produção, segundo longa do ator, mostra a crise de identidade vivida pelo palhaço Pangaré, filho do dono de um circo meio capenga do interior de Minas. O filme tem um quê de autobiográfico, já que o próprio Selton Mello em uma entrevista a revista TRIP, declarou ter passado por uma profunda crise profissional e de identidade. O filme de maneira leve, e com uma direção segura, tira sua graça dessa crise do protagonista/ diretor. Ironicamente, nada mais engraçado do que um palhaço melancólico. O resultado também é que a jornada de Pangaré acaba “apagando” os outros personagens, que se tornam floreios na narrativa (lhes falta profundidade).

Benjamim (talvez assim como Selton com a profissão de ator) não entende mais porque é palhaço. Nascido no meio, vivendo a vida inteira daquilo, Pangaré/Benjamim não sabe se faz o que faz porque o é ou se o é porque o faz. Esta resposta ele nunca vai ter, e nem precisa pois, como aponta Selton Mello, ser artista é um ato de fé.